Desenvolvimento humano atrasado na maioria dos países segundo relatório da PNUD.
O desenvolvimento humano é uma forma de medir o progresso de um país ou região em três dimensões: saúde, educação e renda. Essas dimensões refletem as condições básicas que permitem às pessoas viverem com dignidade e realizarem seu potencial.
O desenvolvimento humano é calculado pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que é publicado anualmente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Segundo o relatório do PNUD, 90% dos países estão atrasados em seu desenvolvimento humano. Isso significa que a maioria dos países não está avançando ou está retrocedendo em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, o plano da ONU para um futuro mais justo para as pessoas e o planeta.
O relatório mostra que o valor do IDH global caiu pela primeira vez após a pandemia, por dois anos consecutivos. Isso indica que milhões de pessoas perderam ou estão perdendo oportunidades de vida melhor por causa das crises econômicas, sociais e ambientais que afetam o mundo.
Mas quais são as causas do desenvolvimento humano atrasado? E como podemos superar esse problema? Neste artigo, vamos explicar o que é o desenvolvimento humano atrasado, quais são os fatores que o provocam e quais são as soluções que o relatório do PNUD propõe.
O que é o desenvolvimento humano atrasado?
O desenvolvimento humano atrasado é um conceito que se refere à situação em que um país ou região não consegue alcançar um nível adequado de desenvolvimento humano para sua população.
O nível adequado de desenvolvimento humano é definido pelos ODS, que são 17 metas globais que abrangem temas como erradicação da pobreza, redução das desigualdades, promoção da saúde, garantia da educação, proteção do meio ambiente, entre outros.
O desenvolvimento humano atrasado pode ser medido pelo IDH, que é um indicador composto que combina três dimensões: saúde, educação e renda. A saúde é medida pela expectativa de vida ao nascer, que indica quantos anos uma pessoa pode esperar viver em média.
A educação é medida pela média de anos de escolaridade, que indica quantos anos uma pessoa frequentou a escola, e pela taxa de alfabetização de adultos, que indica a proporção de pessoas com mais de 15 anos que sabem ler e escrever.
A renda é medida pelo produto interno bruto (PIB) per capita, que indica o valor total de bens e serviços produzidos em um país dividido pelo número de habitantes.
O IDH varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior é o nível de desenvolvimento humano. O relatório do PNUD classifica os países em quatro categorias de desenvolvimento humano, de acordo com o valor do IDH: muito alto, alto, médio e baixo.
O relatório também ajusta o IDH para levar em conta as desigualdades internas de cada país, gerando o Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD).
O relatório do PNUD considera que um país está atrasado em seu desenvolvimento humano quando ele não atinge a média global do IDH ou do IDHAD, ou quando ele não cumpre as metas dos ODS.
Segundo o relatório, 90% dos países estão atrasados em seu desenvolvimento humano, sendo que 56% estão atrasados em ambos os indicadores (IDH e IDHAD), 23% estão atrasados apenas no IDH e 11% estão atrasados apenas no IDHAD.
Isso significa que a maioria dos países não está proporcionando as condições mínimas de vida para sua população, nem está contribuindo para o bem-estar coletivo do planeta.
Quais são as causas do desenvolvimento humano atrasado?
O relatório do PNUD aponta três fatores principais que estão impedindo o progresso do desenvolvimento humano: as pressões planetárias desestabilizadoras, as desigualdades do Antropoceno e a falta de transformações sociais abrangentes. Esses fatores são explicados a seguir:
As pressões planetárias desestabilizadoras: são os impactos negativos das mudanças climáticas causadas pela emissão excessiva de gases de efeito estufa. Esses impactos incluem o aumento da temperatura média global, a elevação do nível do mar, a intensificação dos eventos climáticos extremos (como secas, inundações, furacões), a perda da biodiversidade, a escassez de recursos naturais (como água potável) e a propagação de doenças infecciosas. Esses impactos afetam diretamente a saúde, a educação e a renda das pessoas, especialmente das mais pobres e vulneráveis, que dependem mais do meio ambiente para sua sobrevivência. Além disso, esses impactos aumentam os riscos de conflitos, migrações e crises humanitárias, que comprometem a segurança, a paz e a cooperação entre os países.
As desigualdades do Antropoceno: são as disparidades econômicas, sociais e ambientais entre países ricos e pobres, entre grupos urbanos e rurais, entre gêneros masculino e feminino. Essas disparidades são resultado das decisões políticas adotadas pelos governos ao longo da história para promover ou reprimir certas formas de vida. Essas decisões favoreceram os países e os grupos que mais se beneficiaram da exploração dos recursos naturais e da produção industrial, em detrimento dos países e dos grupos que mais sofreram com a degradação ambiental e a exclusão social. Essas desigualdades se tornaram mais profundas durante a pandemia da Covid-19, que afetou mais severamente os países menos desenvolvidos, que têm menos capacidade de resposta e de recuperação. Essas desigualdades limitam as oportunidades e as escolhas das pessoas, e geram insatisfação, apatia e violência.
A falta de transformações sociais abrangentes: são as iniciativas coletivas que visam promover mudanças estruturais nas instituições políticas, econômicas e culturais para aliviar as pressões planetárias desestabilizadoras e reduzir as desigualdades do Antropoceno. Essas iniciativas incluem movimentos sociais (como greves operárias), organizações não governamentais (como Greenpeace), partidos políticos (como Podemos), redes acadêmicas (como Cochrane) e plataformas digitais (como Wikipedia). Essas iniciativas representam as vozes e as aspirações das pessoas que querem construir um futuro mais justo, sustentável e inclusivo para todos. No entanto, essas iniciativas são muitas vezes reprimidas, limitadas ou ignoradas pelos governos, pelas corporações ou pelos meios de comunicação, que têm interesses contrários ou divergentes aos das pessoas. Essa falta de transformações sociais abrangentes impede o avanço do desenvolvimento humano, e mantém o status quo de injustiça, insustentabilidade e exclusão.
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Como superar o desenvolvimento humano atrasado?
O relatório do PNUD propõe algumas soluções baseadas em evidências científicas, análises multidisciplinares e experiências práticas. Algumas dessas soluções são:
Adotar uma abordagem integrada e holística do desenvolvimento humano, que considere as interações entre as dimensões econômicas, sociais e ambientais, bem como as incertezas e as complexidades do mundo atual. Essa abordagem reconhece que o desenvolvimento humano não é apenas uma questão de aumentar o IDH, mas também de garantir o bem-estar das pessoas e do planeta. Essa abordagem também reconhece que o desenvolvimento humano não é um destino, mas sim um processo contínuo de busca por melhores condições de vida para todos. Esse processo requer uma visão compartilhada, uma vontade coletiva e uma ação conjunta.
Desenvolvimento humano está atrasado em 90% dos países, segundo ONU : Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) : Desenvolvimento humano atrasado em 90% dos países | ONU News
Escrito por Joseph
Joseph é profissional & Self Coach e Analista comportamental. Um entusiasta do desenvolvimento humano e um estudioso dos mistérios da mente humana e das inovações tecnológicas.
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